Campanha contra agrotóxicos convoca mutirão para abaixo-assinado
Intenção
é conseguir, até abril, um milhão de assinaturas em todo o Brasil
Kauê
Scarim
02/03/2013
19:11 - Atualizado em 03/03/2013 14:07
Desde
2008, o Brasil ocupa o “grandioso” posto de maior consumidor de agrotóxicos do
mundo. Hoje, cada brasileiro consome, em média, 5,2 litros de venenos por ano.
Existem, no Brasil, 15 princípios ativos de agrotóxicos já proibidos em muitos
outros países, por serem nocivos à saúde humana e poderem, inclusive, causar
vários tipos de câncer, problemas de fertilidade e outros males.
Desde
o dia 7 de abril de 2011, diversos movimentos, entidades,
instituições de pesquisa e outros atores constroem a “Campanha permanente
contra os agrotóxicos e pela vida”, que visaa sensibilizar a
população sobre os riscos que os venenos representam, tanto para a saúde quanto
ao meio ambiente, bem como formular propostas para barrar o avanço e frear o
uso dos agrotóxicos no Brasil.
Os
militantes querem, no aniversário de dois anos da campanha, entregar à
presidente Dilma Rousseff um abaixo-assinado com um milhão de assinaturas
exigindo o banimento dos 15 princípios ativos – ou, como está sendo chamado
pela convocatória, o “banimento dos banidos” –, no intuito de proibir a
importação, fabricação, comercialização distribuição dos venenos.
São
agrotóxicos como o Endossulfan e o Metamidofós, proibidos em cerca de 45
países, entre eles a União Europeia, Japão, EUA, Índia, Sudão, Burkina Fasso,
Cabo Verde, Senegal, Austrália e Canadá.
De
7 a 15 de março, a campanha vai realizar um mutirão em todo o País para o
recolhimento das assinaturas. Em Vitória, o comitê estadual convoca o recolhimento das
assinaturas para a semana de 11 a 15 de março, na saída do Restaurante
Universitário do campus de Goiabeiras da Universidade Federal do Estado (Ufes).
Compõem
a campanha entidades como o Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), o
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), a Comissão Pastoral da
Terra (CPT), a Articulação Nacional de Agroecologia
(ANA), a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), a Fundação Oswaldo
Cruz (Fiocruz), diversas universidades federais, entidades sindicais e ONGs.
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