A Pastoral Social é uma árvore que mergulha na terra suas raízes profundas. Delas vem a seiva que alimenta sua espiritualidade. Ao longo do caminho, a ação social abriu poços onde encontra a água viva que sustenta sua caminhada. A Pastoral Social é uma árvore que mergulha na terra suas raízes profundas.
segunda-feira, 2 de maio de 2016
domingo, 1 de maio de 2016
Base aliada de Temer é a mais ficha-suja da história
A lista de parlamentares que votaram a favor
do impeachment na Câmara e dos que vão votar a favor no Senado, e que fazem
parte, portanto, da base aliada que vai apoiar o governo Temer – se houver
governo Temer – e fiquei estarrecido com a quantidade de deputados e senadores
investigados tanto no STF quanto na Lava Jato. É a base aliada mais ficha suja desde a criação da Lei da Ficha
Limpa. Investigados na Lava Jato são 58 deputados
federais - 47 do PP, 8 do PMDB, 1 do PSC, 1 do PTB e 1 do PTC – e nove
senadores – 4 do PMDB, três do PP, 1 do PTB e 1 do PSB.
A lista dos que respondem a inquéritos e ações
penais no STF é muito maior: 145 deputados federais e 25 senadores. O partido com mais
senadores investigados é o PMDB, com 10. Em segundo lugar, empatados, com
quatro, PSDB e PR. O PTB tem 2 e PSC, PP, DEM e PSD tem 1 cada.O campeão
de deputados federais pendurados no STF também é o PMDB, com 50. Em segundo
lugar, o PP, com 16. Em terceiro lugar, empatados, com 15, o PSDB e o PR. O
PSD, apesar de ser um partido novíssimo, fundado por Gilberto Kassab aparece em
quarto, com 11. A seguir, com 9, o DEM. Depois, com 8 estão empatados o PSB, o
PSC e o PTB. O PRB tem 5, o PRP e o PMN, 2 e o PEN e SD têm 1 cada um.
Todos os líderes desses partidos costumavam e
ainda costumam fazer os discursos mais contundentes a favor da moralização e da
ética na política, responsabilizando o PT pela corrupção que predomina na
política brasileira e disseram “sim” a favor do impeachment. O atual presidente do PMDB e um dos principais articuladores do
suposto governo Temer, senador Romero Jucá, já estava bem enrolado quando,
anteontem, a ministra Carmen Lúcia abriu investigação contra ele e contra o
presidente do Senado, Renan Calheiros, acusados, com fortes indícios de
receberem, cada um, a quantia de 15 milhões de reais para aprovar emendas
provisórias de interesse da indústria automobilística. Além disso, responde aos
inquéritos 2116, 2963 e 3297 por crimes contra o patrimônio, crime de
responsabilidade, falsidade ideológica e eleitorais e envolvimento em desvio de
verbas federais em obras em Roraima. Também é investigado sobre origem e
destino de 100 mil reais jogados para fora do carro por um de seus auxiliares
momentos antes de ser abordado por policiais durante a campanha de 2010.
Presidente do Senado, Renan Calheiros, além da
acusação citada acima, está pendurado no inquérito 2593 no qual é acusado de
peculato, falsidade ideológica e uso de documento falso no caso dos bois de
Alagoas, de 2007 para forjar uma renda com venda de gado para justificar gastos
pessoais e com sua ex-amante Monica Veloso. É também investigado por desviar
R$44,8 mil do Senado em verbas indenizatórias, por usar a cota de passagens
aéreas do Senado para pagar viagens de três acusados de serem seus “laranjas” e
de um fazendeiro suspeito de fraudar venda de gado. Também está incurso no
inquérito 3589, por crime ambiental, acusado pelo MPF de pavimentar ilegalmente
uma estrada de 700 metros na estação ecológica Murici que leva a uma fazenda de
sua propriedade.
Ex-presidente do PMDB, o senador Valdir Raupp
é réu em quatro ações penais (358, 383, 554 e 577) e responde ao inquérito 2442
por peculato, crimes eleitorais e contra o sistema financeiro e a administração
pública. É acusado de ter alterado por conta própria o destino de recursos de
um convênio de US$167 milhões assinado com o Banco Mundial entre 1997 e 98. Filiada há um ano ao PMDB, depois de ter saído do PT por divergir
eticamente do partido, a senadora Marta Suplicy responde à ação penal 648 por
crimes da Lei de Licitações e aos inquéritos 2687, 3235, 3267 e 3544, por
improbidade administrativa, formação de quadrilha, estelionato e falsidade
ideológica durante seu mandato de prefeita de São Paulo, entre 2001 e 2004.
O ex-presidente Fernando Collor, que sempre se
gaba de ter sido absolvido em 1992, na verdade ainda responde por crimes
daquela época. Em 2008, a PGR recomendou ao STF sua condenação na ação penal
465 por peculato (desviar ou apropriar-se de recursos públicos), corrupção
passiva e falsidade ideológica. Ele e outros seis réus são acusados de
receberem propinas de empresários da área de publicidade beneficiados por
licitações fraudulentas entre 1990 e 92. O dinheiro era depositado em contas de
“laranjas” para pagar contas pessoais, faturas de cartões de crédito e pensões
a filhos de relacionamentos extraconjugais.
Cássio Cunha Lima, um dos buldogues mais
agressivos contra Dilma é ex-governador da Paraíba, condenado e cassado em 2009
por distribuir 35 mil cheques a eleitores na campanha de 2006. Só conseguiu
manter sua cadeira de senador, apesar de ser barrado pela Lei da Ficha Limpa
porque o STF decidiu não aplicar a lei nas eleições de 2010. Responde ao
inquérito 3393 por crimes da Lei de Licitações.
O veterano, ex-governador do Pará e
ex-presidente do Senado, Jader Barbalho responde a seis ações penais (374, 347,
398, 498, 549 e 653) por peculato, crimes contra o sistema financeiro,
falsidade ideológica, quadrilha ou bando e emprego irregular de verba pública,
suspeito de integrar quadrilha que desviou mais de R$1 bilhão do Banco do
Estado do Pará, da Sudam e do Ministério da Reforma Agrária. Foi barrado pela
Lei da Ficha Limpa mas manteve o mandato de senador quando o STF decidiu que a
lei não valeria nas eleições de 2010. Presidente da Câmara dos Deputados,
Eduardo Cunha é réu no STF por ter sido acusado de receber ao menos US$ 5
milhões na operação de compra de navios-sonda pela Petrobrás e é alvo de mais
11 acusações pela PGR que pede ao STF, desde o ano passado, seu afastamento da
presidência da Câmara, dentre as quais achaque e intimidação a dirigentes da
construtora Schahin, por meio de requerimentos de convocação assinados por
vários deputados de sua tropa de choque, motivados por uma disputa referente à
construção de uma barragem da Cebel, além de ter tido contas secretas e
suspeitas, com depósitos de US$20 milhões fechadas por banco suíço por não ter
conseguido explicar sua origem.
Integrante da lista dos mais procurados pela
Interpol, impedido, sob risco de ser preso, de entrar em vários países,
inclusive Estados Unidos, o deputado Paulo Maluf responde a ações penais 461 e
477 e a três inquéritos (2471, 3545 e 3601) por crimes contra o sistema
financeiro, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e crimes eleitorais. No
inquérito 2471, ministros do STF aceitaram denúncia de que o grupo de Maluf
desviou R$1 bilhão da prefeitura de São Paulo quando ele foi prefeito.
Líder do PSC e desabrido componente da tropa
de choque de Eduardo Cunha, o novato André Moura, um dos mais ácidos críticos
da presidente Dilma, responde aos inquéritos 3110 (crimes eleitorais), 3224
(crimes de responsabilidade e formação de quadrilha), 3221 (crimes de
responsabilidade), 3204 (formação de quadrilha, improbidade administrativa),
3516 (crimes de responsabilidade) e 3594 (crimes da Lei de Licitações e
Peculato).
O deputado Beto Mansur (PP-SP), que muitas
vezes substitui Cunha na presidência da Câmara, responde ações penais 635 - na
qual é acusado de ter submetido 46 trabalhadores, inclusive 7 crianças a
trabalho análogo à condição de escravo em duas fazendas de Goiás - e 580, por
crimes de responsabilidade. Também está incurso nos inquéritos 3013, 2688, 2616
e 2519 por crimes de responsabilidade e contra a administração pública.
O pastor Marco Feliciano é réu na ação penal
612 por estelionato, acusado de ter inventado um acidente no Rio de Janeiro
para justificar ausência em evento no Rio Grande do Sul para o qual tinha
recebido cachê, passagens e hospedagem. Também está enquadrado no inquérito
3590 no qual é suspeito de induzir ou incitar discriminação ou preconceito de
raça, cor, etnia e religião. No inquérito 3646 é questionado por contratar
pastores da sua igreja por seu gabinete parlamentar.
O deputado Paulinho da Força, presidente do
Solidariedade e defensor resoluto de Eduardo Cunha tem contra si a ação penal
421, por estelionato, crimes contra a fé pública e concussão. Em 2008 foi
absolvido no Conselho de Ética no inquérito 2725 – desvio de recursos do BNDES
– mas ainda está incruso nos inquéritos 2778 e 2639 por utilização indevida de
recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) pela Força Sindical em cursos
profissionalizantes.
O time de Temer ainda é integrado por gente
como Jair Bolsonaro, deputado que, apesar de não ser investigado por corrupção,
ostenta o título de o mais desprezível e sujeito a punição na corte
internacional de Haia e na comissão de ética, depois de ter elogiado o
torturador Carlos Alberto Brilhante Ustra ao vivo e a cores na votação em que
apoiou o impeachment da presidente.
Quem tem uma base aliada como essa não precisa
de oposição.
sábado, 30 de abril de 2016
MASSACRE DE 29 DE ABRIL: 30 MIL PESSOAS MARCHAM CONTRA BETO RICHA
A marcha da memória sobre o massacre de 29 de abril reuniu cerca de 30 mil pessoas hoje. Professores, estudantes, trabalhadores, relembravam o descaso do governador Beto Richa que atropelou o funcionalismo público para aprovar suas pedaladas.
Apesar da incessante tentativa do governador Beto Richa em querer silenciar e desmoralizar os educadores, o povo não tolera esse abuso que ficou marcado como uma das maiores barbáries já registradas no Estado do Paraná.
sexta-feira, 29 de abril de 2016
sexta-feira, 25 de março de 2016
Servidores da Justiça repudiam o golpismo e defendem a democracia
Em nota, eles repudiaram, veementemente, as "ações conspiratórias"
No texto, os servidores protestam contra o vazamento seletivo em órgãos da impresa de conversas privadas da "líder maior da Nação, a presidenta Dilma Rousseff", tal fato, aponta a nota, "põe em risco a soberania nacional, agride de morte o papel de equilíbrio, moderação, prudência, cautela, austeridade, imparcialidade e comedimento da magistratura a ela imputados por lei e que dela se exige".
O manifesto pede ainda que "o Poder Judiciário e o Ministério Público atuem estritamente nos limites da Constituição". E indica o caminho da "defesa a legalidade, da democracia e do Estado Democrático de Direito".
O manifesto pede ainda que "o Poder Judiciário e o Ministério Público atuem estritamente nos limites da Constituição". E indica o caminho da "defesa a legalidade, da democracia e do Estado Democrático de Direito".
Segue abaixo:
Manifesto de servidores do Poder Judiciário da União e do Ministério Publico da União, em defesa da democracia e contra o golpismo
Nós, servidores públicos do Poder Judiciário e do Ministério Público da União, abaixo-assinados, diante do quadro de crise política e institucional que se instalou no País, vimos a público manifestar nosso mais veemente protesto de defesa da legalidade, da democracia e do Estado Democrático de Direito, nosso mais intenso repúdio contra toda ação conspiratória e desestabilizadora, isolada ou coletiva, contra as liberdades individuais e democráticas, travestidos ou não de atos jurídicos ou acobertadas pelo manto da credibilidade, da neutralidade e da isenção do Poder Judiciário Federal e do Ministério Público Federal.
Nós, servidores públicos do Poder Judiciário e do Ministério Público da União, abaixo-assinados, diante do quadro de crise política e institucional que se instalou no País, vimos a público manifestar nosso mais veemente protesto de defesa da legalidade, da democracia e do Estado Democrático de Direito, nosso mais intenso repúdio contra toda ação conspiratória e desestabilizadora, isolada ou coletiva, contra as liberdades individuais e democráticas, travestidos ou não de atos jurídicos ou acobertadas pelo manto da credibilidade, da neutralidade e da isenção do Poder Judiciário Federal e do Ministério Público Federal.
Publicamos este manifesto num momento em que presenciamos o vazamento seletivo em órgãos da imprensa, de conversas privadas da líder maior da Nação, a Presidenta Dilma Vana Roussef, por um magistrado, que tem por função precípua a defesa da Carta Magna e dos direitos e liberdades pessoais. Tal procedimento do magistrado, típico dos estados policiais, põe em risco a soberania nacional, agride de morte o papel de equilíbrio, moderação, prudência, cautela, austeridade, imparcialidade e comedimento da magistratura a ela imputados por lei e que dela se exige.
Queremos, como servidores públicos e também como cidadãos da sociedade à qual prestamos serviço, que, no atual cenário de acirramento de ânimos, o Poder Judiciário e o Ministério Público atuem estritamente nos limites da Constituição, lei maior instituída pelo povo brasileiro e a todos imposta, não se deixando contaminar por paixões ideológicas, por interesses de classe e por artifícios desestabilizadores, golpistas e revanchistas. A serenidade deve prevalecer sobre a paixão política, de modo que a vida nacional transcorra dentro da normalidade e que as instituições, os valores e as regras democráticas sejam preservadas. A democracia foi reconquistada no Brasil após muita luta e não há de ser colocada em xeque por ações voluntaristas, personalistas e temerárias por quem quer que seja.
“O afeto ou o ódio mudam a face da justiça”. (Blaise Pascal)
Assinar:
Postagens (Atom)