quinta-feira, 31 de maio de 2012

ELEIÇÕES MUNICIPAIS: CIDADANIA PARA A DEMOCRACIA

ELEIÇÕES MUNICIPAIS: CIDADANIA PARA A DEMOCRACIA
Neste ano de 2012, acontece a escolha do prefeito (a) e vereadores (as) de cada um dos Municípios do Brasil. É um momento muito importante na vida das pessoas, pois a população vota e escolhe quem vai lhe representar na condução dos rumos do Município. São eles(as), os eleitos, que vão tomar conta do nosso dinheiro, fazer as leis, executar as políticas públicas, enfim, serão os representantes da população dos Municípios na Prefeitura e na Câmara de Vereadores e vão tomar decisões sobre o destino da população.  Decisões estas que irão influenciar diretamente a vida de homens e mulheres – adultos, jovens e crianças do campo e da cidade. Tais decisões são refletidas na qualidade dos serviços acessados pela população: Saúde, Educação, Moradia, Saneamento Básico; também nas políticas para a juventude, geração de renda. Enfim, todos os aspectos da vida da população sofrem influências do modelo de gestão municipal. É importante lembrar que a maior parte da responsabilidade pela execução das Políticas Públicas, é dos municípios. No Município, também a crise da democracia se manifesta claramente, seja pela proximidade das pessoas com a classe política, seja pelo fato de as ações de governo serem sentidas mais rapidamente pelas pessoas.
Por enquanto, a expectativa é sobre os rumos que serão dados ainda com as escolha das candidaturas. Esperanças e desencantos poderão advir do momento em que os partidos e coligações definirão os candidatos que estarão na disputa do dia 07 de outubro. Esta definição ocorrerá entre os dias 08 e 30 de junho. A indicação dos candidatos para a disputa eleitoral leva em consideração os projetos políticos de cada partido e as suas estratégias eleitorais e, muitas vezes, o interesse de cada um.
As dúvidas da população são presentes já neste primeiro momento, principalmente porque muitas pessoas não têm o costume de participar da vida política: não estão no sindicato, não participam da associação de moradores, não estão no partido político, não estão no conselho escolar. Bertold Brecht (1913 - 1956),alerta: O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, a corrupção, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.
Com preocupação de orientar , a Igreja Católica do Brasil lançou um documento intitulado Eleições Municipais 2012: Cidadania para a democracia, no qual leva às comunidades eclesiais orientações importantes sobre o assunto, motivando-as a participarem ativamente do processo eleitoral e político buscando, entre outros gestos concretos, fazer valer o agir coletivo, a formação para a participação e a conscientização para o voto cidadão. A Igreja Diocesana também promoveu um encontro com o clero e agentes de pastorais de toda a diocese para chamar a atenção de todos para o momento que ora se inicia, pois a condição de discípulos missionários nos interpela a fazer a política do bem comum para efetivar direitos e fazer florescer a vida. Nos chama também votar pensando na coletividade, pois o voto de cada pessoa tem conseqüências para a vida de toda a população. A Igreja entende que, “para o cristão, viver o processo político com dignidade é viver o mandamento da Caridade, como real serviço ao outro”.
Por Marconi Dias e Rita Gerlúcia  - Cáritas Diocesana de Iguatu. (31 de maio de 2012)