segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Papa Questiona contas de Bispo do Ceará




D. Fernando, de Crato, já foi convocado pelo Vaticano para dar explicações sobre acusação de irregularidades em venda de imóveis.
Um bispo no Brasil está na mira do papa Francisco, que vem marcando seu pontificado com a luta contra a corrupção, a reforma da Cúria e a exigência de posturas exemplares por parte dos religiosos. O bispo da diocese de Crato, d. Fernando Panico, de 67 anos, entrou no radar do chefe da Igreja em Roma depois de inquérito aberto pela Polícia Civil em sua cidade por causa de uma polêmica em torno da venda de casas da diocese e até por acusações de estelionato.
Fontes no Vaticano confirmaram ao Estado que Francisco ainda não tomou uma decisão sobre o que será feito e espera a conclusão das investigações da Justiça. Mas Jorge Bergoglio não gostou do caso.
O número de acusações contra d. Fernando Panico não é pequeno. Mas, acima de tudo, fontes no Vaticano revelam que é justamente a atuação de uma diocese como negociadora de imóveis que desagradou ao papa.
As investigações foram abertas depois que o bispo foi acusado de ter continuado a cobrar aluguéis das casas de prioridade da diocese, mesmo depois de elas terem sido vendidas. Outra acusação era de que a venda dos imóveis ocorreu sem que os moradores tivessem a opção de compra. O bispo acabou sendo convocado para depor.
O caso chegou até Roma e, em outubro, Panico esteve reunido em duas ocasiões com o papa no Vaticano. Oficialmente, as audiências tinham como meta debater o processo de reabilitação canônica do padre Cícero (1844-1934) e sobre o processo de beatificação de Benigna Cardoso da Silva, mártir da castidade (1928-1941).
Mas um dos temas centrais da conversa foi justamente a cobrança do papa para que Panico desse explicações sobre as denúncias de estelionato e formação de quadrilha. Um primeiro encontro ocorreu com outros participantes, no dia 9 de outubro. Cinco dias depois, o bispo voltou a ser convocado, desta vez para uma audiência a portas fechadas.
D. Fernando, um italiano naturalizado brasileiro, ordenou-se padre em 1971, em Roma. Chegou ao Brasil em 1974 e está à frente da diocese do Crato desde maio de 2001.
Exemplos. Francisco deixou claro que não iria tolerar esse tipo de escândalo e tem coletado uma série de casos que, em sua avaliação, poderiam prejudicar a imagem da Igreja. Há um mês, o Vaticano suspendeu um bispo alemão por seus gastos considerados excessivos. O punido foi o bispo de Limburg, Franz-Peter Tebartz-van Elst, depois que gastou € 31 milhões (R$ 93 milhões) para renovar sua residência oficial.
O papa, desde o primeiro dia de seu mandato, havia deixado claro que queria uma "Igreja pobre para os pobres" e que a função dos religiosos era servir. Elst acabou se transformando em um primeiro teste para o argentino. O caso ainda revela que o pontífice está disposto a punir esse tipo de comportamento, enquanto dá demonstrações de que não vai perseguir bispos por declarações sobre a doutrina.
Em pouco  meses, Francisco deu diversas demonstrações de que seu estilo é o de recusar a ostentação e ordenou ao clero que siga o mesmo caminho da simplicidade. Ele criticou os carros usados por padres, optou por não viver no Palácio Apostólico e condenou gastos elevados. Além disso, instaurou regras de transparência das finanças do Vaticano e ordenou uma varredura geral nas contas da Santa Sé.




quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

CNBB e Cáritas lançam campanha mundial contra a fome e a pobreza




Uma onda de oração que ocorrerá em várias partes do planeta dará início a campanha que debaterá realidade da pobreza no Brasil no mundo; mensagem exclusiva do Papa Francisco em apoio à mobilização mundial será divulgada durante o lançamento
No próximo dia 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Cáritas Brasileira lançarão uma campanha mundial contra a fome, a pobreza e as desigualdades. Com o tema “Uma família humana, pão e justiça para todas as pessoas”, o lançamento ocorrerá na sede da CNBB, a partir das 14h, em Brasília (DF).
A campanha faz parte de uma mobilização mundial da Caritas International que articulou as 164 organizações membro para esse grande movimento em favor da vida, dos direitos humanos e da justiça social. Uma grande onda de oração que terá início em na ilha de Samoa, na Polinésia, e se espalhará por todo o mundo envolvendo todas as organizações Caritas e muitas outras pessoas de todos os continentes. 
Caritas e a CNBB pretendem com a campanha, que vai até 2015, sensibilizar e mobilizar a sociedade sobre a realidade da fome, da miséria e das desigualdades no mundo e no Brasil. A alimentação adequada e de qualidade é um direito humano e por isso deve ser garantido a todos os cidadãos e cidadãs de forma igualitária.
O Papa Francisco gravou um vídeo com uma mensagem de cinco minutos em apoio à campanha. As palavras do Santo Padre serão divulgadas no dia do lançamento. 
“Não se pode tolerar mais o fato de se lançar comida no lixo, quando há pessoas que passam fome. Isto é desigualdade social”, disse o Papa em sua primeira Exortação Apostólica.
Participarão do lançamento dom Leonardo Ulrich Steiner, secretário geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), pastora Romi Márcia Bencke, secretária geral do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC), dom Flávio Giovenale, presidente da Cáritas Brasileira, e Maria Cristina dos Anjos, diretora executiva nacional da Cáritas Brasileira. Irio Luiz Conti, que falará sobre segurança alimentar e nutricional, é doutorando em Desenvolvimento Rural na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), mestre em sociologia, teólogo, filósofo, e membro do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea).
Após o ato de lançamento, o evento será aberto para entrevistas.

A concentração de renda no mundo

Segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), hoje, 842 milhões de pessoas ainda passam fome no mundo, ou seja, um em cada oito seres humanos.
De acordo com o Relatório da Riqueza Global, lançado este ano pelo banco suíço Credit Suisse, se a riqueza produzida no mundo em 2013, que foi de UU$ 241 trilhões, fosse distribuída em partes iguais entre as pessoas adultas do planeta, cada um iria receber UU$ 56.600,00. O relatório ainda aponta que os 10% mais ricos controlam 86% da riqueza global, enquanto apenas 32 milhões de adultos em um mundo com sete bilhões de habitantes (0,7), possuem 41% da riqueza mundial. Além disso, dois terços dos adultos da humanidade – 3,2 bilhões – só conseguem dividir 3% da riqueza mundial.

A pobreza e as desigualdades no Brasil

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil é a sexta economia mais rica do mundo, mas 57 milhões de pessoas ainda vivem em estado de pobreza, ou seja, sobrevivem com meio salário mínimo. Mesmo com programas de distribuição de renda promovidos pelo Governo Federal, 20% dos mais ricos ainda detém 63,8% da renda nacional, enquanto os 20% mais pobres acessam apenas 2,5% de toda a riqueza que é produzida pelo país.
O “Atlas de Exclusão Social: os ricos no Brasil”, mostra que o país tem mais de 51 milhões de famílias, mas somente cinco mil apropriam-se de 45% de toda a riqueza e renda nacional.
Conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD/IBGE), em 2012, em termos absolutos, o estado da Bahia apresentou maior contingente de pessoas na extrema pobreza, 1.126.897 pessoas, seguido dos estados do Maranhão (924.515), Ceará (718.066), São Paulo (666.452) e Pernambuco (609.160). Já em termos proporcionais, Maranhão, Alagoas, Ceará, Bahia e Pernambuco são os que apresentam as maiores taxas. Consideram-se extremamente pobres àquelas com renda domiciliar per capta inferior a R$ 70.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

PASTORAIS SOCIAIS E CPT REALIZAM DEBATE SOBRE O TEMA DAS CISTERNAS DE POLIETILENO (PLASTICO)


AS Pastorais Sociais e CPT da Diocese de Iguatu, realizaram no dia: 01 de Dezembro de 2013 na comunidade de Serraria em Cedro, um encontro para debatermos sobre as Cisternas de Polietileno (Plástico) O Governo Federal já está Instalando as Cisternas de Plástico no Semiárido Substituindo as Cisternas de Placas Construídas Há mais de Dez anos Pela a Articulação no Semiárido AS Cisternas de Placas, Feitas com Cimento, Surgiram a partir do  Conhecimentos e Praticas de Famílias agricultoras do Semiariano. Já  Foram  Construída Mais de 500 mil Cisternas  em toda a Região. Essa é uma Tecnologia Simples, Barata e Acima de tudo Durável. O referido foi de muito debate, esclarecimento e fortalecimento da Campanha nacional contra as Cisternas de Plásticos. As Cisternas de Plásticos São mais Caras, Murcham com o Sol, a instalação não envolve as  famílias, pois os reservatórios  vem pronto.




CPT PROMOVE 2ª ETAPA DA ESCOLA CAMPONESA PARA JOVENS RURAIS

A Comissão Pastoral da Terra da Diocese de Iguatu realizou nesses dias: 29 e 30 de Novembro a 01 de Dezembro de 2013, a 2ª Etapa da Escola Camponesa Para Jovens rurais. Processo de formação e capacitação de jovens camponeses acompanhados pela CPT, possibilitando a difusão e o intercâmbio do saber e aprendizado, a partir da produção e disseminação do conhecimento prático e teórico, vivenciado na realidade, visando qualificar e empoderar os participantes do processo de formação. A 2ª Etapa da Escola Camponesa teve como Tema: Manejo e Conservação do Solo e aconteceu na Comunidade de: Mundo Novo Cedro. Foram momento de muito estudo,reflexão debate e aprofundamento facilitado pela agente técnica em agropecuária e Agente Caritas: Mara Crislane da Cidade de Acopiara. Alem da Paroquia de Cedro,Contamos com a participação de Jovens vindo das Paróquias de: Saboeiro,Quixelô e Cariús.





Pastorais e Movimentos Sociais realizam 2° Tribunal Popular do Ceará

Movimentos e Pastorais Sociais realizaram, em Fortaleza de: 26 a 28 de Novembro de 2013, no auditório do Seminário da Prainha, a Sessão Final do Tribunal Popular do Ceará.

No banco dos réus, o Estado brasileiro que não tem garantido o bem estar de jovens na periferia dos centros urbanos, moradores das áreas de obras da Copa de 2014, de trabalhadoras/es rurais do interior, pescadoras/es e indígenas no Ceará.

A iniciativa faz parte de um processo, construído nos últimos dois anos, em que mais de 30 organizações, entre movimentos e pastorais sociais reuniram provas de casos emblemáticos de violações de direitos, realizando cinco sessões regionais (Fortaleza e região metropolitana, Vale do Jaguaribe, Zona  Costeira, Norte e Sertão Central, Cariri e Centro Sul) e duas temáticas (Juventude e Indígenas) para investigar do Estado.



O Tribunal Popular do Ceará faz parte da programação da 5ª Semana Social Brasileira, organizada pela Comissão Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) em parceria com pastorais e movimentos sociais.