quinta-feira, 9 de julho de 2015

Em discurso anticapitalista, Francisco prega 'mudança de estruturas'


No discurso mais político em pouco mais de dois anos de pontificado, o papa Francisco defendeu nesta quinta-feira (9) uma "mudança de estruturas" mundial, chamou o capitalismo de "ditadura sutil" e exortou os movimentos sociais a realizar "três grandes tarefas" na economia, na união entre os povos e na preservação do ambiente. "Reconhecemos que este sistema impôs a lógica dos lucros a qualquer custo, sem pensar na exclusão social ou na destruição da natureza?", perguntou o papa a algumas centenas de representantes de movimentos sociais de vários países, entre os quais o MST, sem-teto, indígenas e quilombolas brasileiros, durante o 2º Encontro Mundial de Movimentos Populares, em Santa Cruz de la Sierra (Bolívia).


"Se é assim, insisto, digamos sem medo: queremos uma mudança, uma mudança real, uma mudança de estruturas. Este sistema já não se aguenta, os camponeses, trabalhadores, as comunidades e os povos tampouco o agüentam e tão pouco o aguenta a Terra, a irmã Mãe Terra, como dizia são Francisco. Para o papa, a "globalização da esperança" nasce e cresce entre os pobres, mas até a elite econômica quer mudanças: "Dentro dessa minoria cada vez menor que acredita que se beneficia com este sistema reinam a insatisfação e especialmente a tristeza. Muitos esperam uma mudança que os libere dessa tristeza individualista que os escraviza."


Em outra dura crítica ao capitalismo, Francisco afirmou que, "atrás de tanta dor, tanta morte e destruição está o fedor disso que [são] Basílio de Cesareia (330-379) chamava de 'o esterco do Diabo' [dinheiro]". Segundo ele, o capitalismo é uma "ditadura sutil". O líder católico atacou também "a concentração monopólica dos meios de comunicação social que pretende impor pautas alienantes de consumo e certa uniformidade cultural". Para ele, trata-se de "colonialismo ideológico". Apesar da análise dura, Francisco advertiu contra o excesso de pessimismo e exortou os movimentos sociais a protagonizar as mudanças: "Eu me atrevo a dizer-lhes que o futuro da humanidade está, em grande medida, em suas mãos", afirmou. "Vocês são os semeadores das mudanças."
Em seguida, o pontífice propôs a realização de três tarefas aos movimentos sociais. A primeira é a "colocar a economia a serviço dos povos": A economia não deveria ser um mecanismo de acumulação, mas "a administração correta da casa comum". O objetivo, diz, é assegurar os "três Ts: trabalho, teto e terra".

"A distribuição justa dos frutos da terra e do trabalho humano não é mera filantropia. É um dever moral. Para os cristãos, a tarefa é ainda mais forte: é um mandamento. Trata-se de devolver aos pobres e aos povos o que lhes pertence." A segunda tarefa, segundo o pontífice, é "unir nossos povos no caminho da paz e da justiça". Ele defendeu o conceito de "pátria grande", usado por movimentos de esquerda para pregar a união latino-americana. Francisco afirmou que problemas como a violência não podem ser resolvidos sem cooperação entre os países e atacou o "novo colonialismo": "Interação não é sinônimo de imposição", afirmou. "Colocar a periferia em função do centro lhe nega o direito a um desenvolvimento integral. Isso é iniquidade, e a iniquidade gera tal violência que não haverá recursos policiais, militares ou de inteligência capazes de deter."
Por último, o líder católico pediu a preservação da "Mãe Terra", tema de sua encíclica mais recente: "Não se pode permitir que certos interesses -que são globais, mas não universais- se imponham, submetam os Estados e organismos internacionais e continuem destruindo a criação".


DESCULPAS

Visitando um país de maioria indígena, Francisco pediu desculpas pela atuação da Igreja Católica durante a colonização. "Digo-lhes com pesar: foram cometidos muitos e graves pecados contra os povos originários da América em nome de Deus", disse. "E quero dizer-lhes, quero ser muito claro, como foi são João Paulo 2°: peço humildemente perdão, não apenas pelas ofensas da própria igreja como pelo crimes contra os povos originários durante a chamada conquista da América."
Ao final do discurso, disse: "Digamos juntos de coração: nenhuma família sem casa, nenhum camponês sem terra, nenhum trabalhador sem direitos, nenhum povo sem soberania, nenhuma pessoa sem dignidade, nenhuma criança sem infância, nenhum jovem sem possibilidades, nenhum idoso sem velhice digna. Sigam a sua luta e, por favor, cuidem muito da Mãe Terra."

terça-feira, 7 de julho de 2015

O fórum social do papa: ''Os movimentos populares sacodem as consciências e os governos''




"Terra, casa e trabalho. Direitos sagrados. Bens primários. O encontro dos movimentos populares que, nos dias 7 a 9 de julho, será realizado em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, e concluirá com o discurso do Papa Francisco, colocará essa problemática no centro e será um momento importante da visita papal nestas regiões da América do Sul." Para o cardeal ganense Peter Turkson, presidente do Pontifício Conselho da Justiça e da Paz que, em conjunto com a Pontifícia Academia das Ciências Sociais, colaboram com a realização desse evento, trata-se de um fato especialmente significativo neste momento para a América Latina.
A reportagem é de Stefania Falasca, publicada no jornal Avvenire, 06-07-2015. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
A reunião dessas organizações populares formadas por campesinos, catadores, trabalhadores precários, migrantes, agricultores sem-terra, moradores das periferias urbanas e em assentamentos informais, coordenada pelo advogado argentino Juan Grabois, é uma sequência ao primeiro e inédito encontro com os diversos delegados dessas realidades de marginalização realizado no Vaticano em outubro passado.
Um fato notável, "sem precedentes", que já foi comentado positivamente pelos diversos líderes que participaram da reunião vaticana e se preparam para viajar para a Bolívia nos próximos dias.
Em Santa Cruz de la Sierra, a cidade industrial por excelência da Bolívia, eles serão mais de 1.500, a maioria provenientes do Brasil e da Argentina, mas também do ChileCosta RicaColômbiaHaitiRepública Dominicana,MéxicoEquadorEl Salvador, com cinco delegações dos Estados Unidos, duas de Itália, quatro da Índia e duas doQuênia.
Os delegados, incluindo o brasileiro João Pedro Stédile, histórico coordenador do Movimento dos Sem-Terra, agradeceram a Francisco pelo seu acompanhamento e pela sua proximidade "não só em relação aos que sofrem a injustiça, mas também em relação àqueles que se organizam e lutam para superá-la".
"O primeiro encontro foi fortemente desejado pelo papa, por causa do seu conhecimento pessoal dessas realidades e de alguns dos seus líderes na Argentina", explica o cardeal Turkson. "E, naquela reunião, com clareza, ele expressava o seu desejo e o seu projeto, antecipando alguns dos motivos da sua encíclica."
Francisco enquadrou o evento, a sua natureza e os seus objetivos com estas palavras: "Este nosso encontro não responde a uma ideologia (…) Não é possível abordar o escândalo da pobreza promovendo estratégias de contenção que unicamente tranquilizem e convertam os pobres em seres domesticados e inofensivos".
"Este nosso encontro – continuava o papa – responde a um anseio muito concreto, algo que qualquer pai, qualquer mãe quer para os seus filhos; um anseio que deveria estar ao alcance de todos, mas que hoje vemos com tristeza cada vez mais longe da maioria: terra, teto e trabalho. É estranho, mas, se eu falo disso para alguns, significa que o papa é comunista. Não se entende que o amor pelos pobres está no centro do Evangelho. Terra, teto e trabalho – isso pelo qual vocês lutam – são direitos sagrados. Reivindicar isso não é nada raro, é a doutrina social da Igreja."
"Queremos que se ouça a sua voz, que, em geral, se escuta pouco", disse ainda Francisco, porque perturba, incomoda e porque se tem medo da mudança que ela exige.
"Para nós – destaca o presidente da Justiça e da Paz – foi muito importante ouvir esses grupos para compreender as causas da multiplicação dos excluídos no mundo e para entender a sua perspectiva de solução das diversas situações. Nós não os convidamos aqui para ´que nós instruíssemos, educássemos ou formulássemos soluções para eles. Ouvimos o que eles têm a dizer, e, assim, também se tratou de reconhecê-los como protagonistas, promovendo a rede dos contatos entre os diversos grupos que nos leva agora a esse segundo encontro na Bolívia."
E, nesse contexto, o que ele quer significar? "No contexto desta viagem, ele serve principalmente para despertar. Para despertar os governos e as consciências. Por que há tantos cidadãos que, apesar da presença de estruturas e de um governo democrático, encontram-se nessa situação de marginalização? Por que se amplia esse fenômeno da exclusão? E por que, então, há espaço para esses movimentos? Devemos nos perguntar isso. Devemos fazer essas interrogações com clareza."
O que a Igreja pode fazer? "A Igreja, em primeiro lugar, ouve essas pessoas, porque é chamada para estar atenta à realidade das pessoas e, por isso, acompanha esses grupos são um sinal de resgate da própria dignidade. O nosso convite – explica o cardeal - é a não se resignar. Se alguém se encontra na situação de estar sem casa, sem terra e sem trabalho, não pode se resignar, não pode dizer 'este é o meu destino', porque esse não é o destino de ninguém. Todos fomos criados com a vocação para o desenvolvimento."

'Problema do Brasil não é violência praticada pelo adolescente, mas contra ele', diz delegado





A redução da maioridade penal é uma inversão da pauta que realmente deveria ser debatida. Essa é a opinião do delegado Orlando Zaccone D'Elia Filho, do Rio de Janeiro, que participou de audiência pública interativa na CPI do Assassinato de Jovens. Para o delegado, é preciso olhar para a violência contra os jovens praticada, muitas vezes, pela polícia, de forma “legal”.
- A CPI está resgatando um olhar para aquilo que é o mais importante a ser visto quando o assunto é violência e juventude. O grande problema no Brasil não é a violência praticada pelo adolescente, mas contra ele – alertou.
O delegado, que se dedica a estudar a violência cometida “em nome da lei”, citou como exemplo os autos de resistência, forma jurídica usada para justificar o assassinato de cidadãos por policiais no ambiente social. Para ele, esses assassinatos legitimados pela lei fazem com que as pesquisas estejam longe de contemplar a violência letal contra os jovens brasileiros, objeto de estudo da CPI.
Ele citou dados da Anistia Internacional, que, em 2011 estudou 20 países que ainda têm pena de morte. Nesses países, foram executadas 676 pessoas naquele ano. No mesmo período, segundo o delegado, as polícias do Rio de Janeiro e de São Paulo mataram 961 pessoas, número 42% maior.
A maior parte dos autos de resistência, segundo D’Elia, acaba sendo arquivada sem investigação pelo Ministério Público, o que torna legítima a ação dos policiais.

Guerra às drogas

Outro tema polêmico lembrado pelo delegado é a guerra às drogas, que seria responsável por grande parte dessas mortes. Orlando D’Elia faz parte do Law Enforcement Against Prohibition (LEAP), organização sem fins lucrativos formada por integrantes das forças policiais e da justiça criminal que apontam a falência das atuais políticas de drogas.
Segundo o delegado, ninguém está disputando a tiros de fuzil o controle das drogarias, ou dos pontos de venda de álcool, por exemplo, o que mostra que a violência não é gerada pelo uso das drogas, mas sim pela proibição.
- A violência não é produto das drogas, é produto da proibição. Se fizermos uma pesquisa sobre quantos jovens morreram pelo consumo de drogas proibidas e quantos morreram na guerra contra o consumo dessas substâncias, vamos concluir, com toda certeza, que o segundo número é muito maior - disse.
Para ele, a guerra às drogas produz “sujeitos matáveis”, em uma política de extermínio. O fato de alguém ter antecedentes criminais ou ser considerado traficante acaba justificando as mortes praticadas pelos agentes da lei, independentemente de como se deu a ação desses policiais.
- Identificado que quem morreu é um traficante e que ele morreu dentro de uma favela, isso é o suficiente para o arquivamento da investigação – disse o delegado, que tem uma pesquisa sobre o tema.
Para a presidente da comissão, senadora Lídice da Mata (PSB-BA), os governos aderem à tese de que o tráfico é o principal responsável pela violência devido ao quadro de impotência no combate a ela.
- Fica mais didático ou fácil assumir a tese de que o tráfico de drogas é o grande responsável pela violência porque aí se justifica rapidamente também a violência do Estado - observou a senadora.
O relator da comissão, senador Lindbergh Farias (PT-RJ), disse que bilhões são gastos na guerra contra as drogas. Nesse esforço, morrem pessoas inocentes e a polícia, que é quem mais mata, também é quem mais morre. Pequenos varejistas de drogas morrem também e são substituídos no dia seguinte.
- Estamos enxugando gelo – constatou.

Questão racial

O racismo foi outro ponto citado pelos participantes.  O pesquisador do Ipea Antônio Teixeira de Lima Júnior apontou o que chamou de “seletividade sistêmica” nas taxas de vitimização. Dados do Mapa da Violência de 2014 mostram que, entre 2002 e 2012, houve uma queda de 24,8% da taxa de homicídios contra brancos e aumento de 38,7 na taxa de homicídios contra negros no mesmo período.
- Como a taxa de homicídios não oscilou muito nesse mesmo período, significa dizer que houve uma intensificação do caráter seletivo da taxa de vitimização no Brasil, em que a questão racial aparece com destaque. Traduzindo isso em outros números, nesse período morreram 72% mais negros que brancos – disse.
Para o pesquisador, o aparato policial brasileiro foi constituído, em grande parte, com base na repressão aos negros. As leis mais rígidas, disse Antônio Junior, foram criadas nos períodos em que se intensificaram as rebeliões de negros escravizados. A legislação imperial, que tem sua base continuada até hoje, teria sido feita com base na repressão aos quilombos e no controle das atividades profissionais e de diversão dos negros, por exemplo.
- O direito penal foi fundado não no crime, mas no criminoso. Não foi feito para conter delitos, mas para perseguir indivíduos – explicou.
O pesquisador também afirmou que o encarceramento não ocorre apenas nas prisões. Como exemplo, citou a repressão aos chamados "rolezinhos", as formas arquitetônicas que impedem a população de rua de ocupar espaços públicos e a construção de muros em morros do Rio de Janeiro.
- O que é aquilo senão outra forma de encarceramento? – questionou.
O relator e a presidente da comissão manifestaram a intenção de convidar o pesquisador para colaborar mais diretamente com a CPI.

Encontro Mundial de Movimentos Populares começa na Bolívia




1500 pessoas de 40 países discutem os eixos de diálogo com o Papa, que participa do evento na quinta (9). O Encontro começou nesta manhã de terça-feira.

(Por Joana Tavares, da Bolívia/Página do MST)

“Quando vejo essas pessoas, as caras das pessoas, dá uma esperança. A gente sente que o povo tem capacidade de transformar, de construir um mundo mais humano, mais fraterno, de igualdade”, diz Marina dos Santos, do MST, uma das 250 brasileiras que participa do Encontro Mundial de Movimentos Populares em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia.

O Encontro começou na manhã de terça (7), com a presença de 1500 pessoas de 40 países do mundo. A programação prevê painéis de discussão sobre os eixos “Terra”, “Trabalho”, “Teto”, além de oficinas para aprofundamento das discussões e trocas.

Esses eixos foram inspirados na exposição do Papa Francisco no primeiro encontro, que destacou que é preciso lutar para que não haja mais “nenhum camponês sem terra, nenhum trabalhador sem trabalho digno e nenhuma família sem moradia digna”.

Na tarde de hoje, o presidente do Estado Plurinacional da Bolívia, Evo Morales, faz a abertura oficial do encontro. Na quinta (9), às 17h30, o Papa Francisco também se reúne com os participantes.

“A luta pela Mãe Terra”

O primeiro painel “A luta pela Mãe Terra e a contribuição de Laudato Si” contou com a exposição de quatro representantes da resistência camponesa. Atrás de uma mesa ornamentada com alimentos produzidos pelos povos da América, João Pedro Stedile, da coordenação da Via Campesina, lembrou como a organização do agronegócio compromete a soberania alimentar e a saúde de todos. “Nós temos que ter nosso plano, o plano do povo. Já não basta apenas ‘terra para quem nela trabalha’, como clamava Zapata. Mudou o paradigma. É preciso pensar uma mudança no campo que interessa a todos, que garanta a produção de alimentos sadios e sem venenos. Que respeite a biodiversidade, que resgate a agroecologia. Esse plano de agricultura interessa a todo o povo”, destacou.

Silvia Ribeiro, do ETC Group, do México, criticou a concentração das empresas que atuam no campo, em todo o mundo. Ela citou o caso das sementes, no qual apenas dez empresas controlam 80% do mercado. Além disso, as mesmas que produzem os venenos produzem os transgênicos que dependem deles. “Os transgênicos produzem muito menos, não podem ser replantados, usam muito veneno, causam diversos malefícios à saúde, como o aumento dos casos de câncer, além de custar mais caro”, sublinhou.

Rodolgo Machaca, da Confederação Sindical Única de Trabalhadores Campesinos da Bolívia, destacou o método que será usado durante o encontro: denunciar, levantar demandas e assumir compromissos. “Os governos neoliberais têm culpa porque permitiram saquear nossas terras. Por isso a unidade internacional é fundamental, porque precisamos nos unir para expulsar as multinacionais”, exortou.

O bispo da Diocese de Aysén, no Chile, Luis Infanti della Moura, também criticou o imperialismo, lembrando que estamos todos chamados a lutar por um mundo melhor. “O Papa nos chama a tomar consciência para romper e derrubar as estruturas que nos escravizam cada vez mais”.

Solidariedade internacional   

Melike Yarar representa o movimento de mulheres curdas. Ela deu seu depoimento das mulheres que lutam contra o Estado Islâmico que oprime os povos de seu país. “A América Latina para nós é um exemplo. Estamos aqui para compartilhar nossa resistência e para criar comunicação entre nós. Precisamos de um plano de intervenção global. Precisamos unir nossas forças. Viver é resistir, resistir é viver”, disse.

Primeiro encontro

Entre 27 e 29 de outubro de 2014, o Papa recebeu no Vaticano dirigentes sociais dos cinco continentes, que representaram organizações de base principalmente de três setores -  trabalhadores precarizados, camponeses sem terra e pessoas que vivem em moradias precárias – mas também sindicalistas, ativistas de direitos humanos e de pastorais sociais.

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Pis 2015 começa a ser pago, mas por causa da crise alguns só receberão em 2016, veja tabela



O Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) aprovou na tarde desta quinta-feira o calendário proposto pelo governo para o pagamento do abono salarial. O cronograma empurra para 2016 parte dos desembolsos previstos para este ano. A previsão inicial era que todos os benefícios fossem pagos até outubro de 2015.
O pagamento diluído faz parte do pacote de ajuste fiscal apresentado pela equipe econômica ainda no final do ano passado. Com isso, cerca de 9 bilhões de reais que seriam pagos neste ano ficaram para 2016.
O abono, que equivale a um salário mínimo anual, é um beneficio a que milhões de trabalhadores têm direito. Como o orçamento de 2015 já previa o novo cronograma, não haverá alteração no valor previsto na lei orçamentária para o abono, que é de 10,12 bilhões de reais. O orçamento de 2016, aprovado mais cedo, também já contemplava a diluição dos pagamentos.
 
Os desembolsos serão feitos em nove parcelas, entre julho deste ano e junho de 2016. A proposta foi aprovada no conselho por 10 votos a favor e sete contra. Representantes de seis centrais sindicais e da Confederação Nacional de Serviços (CNS) foram contrários ao novo calendário.
 
O Codefat aprovou a proposta orçamentária do FAT para 2016, que prevê um total de 76,48 bilhões de reais no próximo ano. O valor é 15,27% maior do que o previsto no orçamento de 2015.

Confira a tabela de pagamento do PIS

CORRENTISTAS DA CAIXA
 
NAS AGÊNCIAS DA CAIXA (NÃO CORRENTISTAS)
NASCIDOS EMCRÉDITO EM CONTA NASCIDOS EMRECEBEM A PARTIRRECEBEM ATÉ
JULHO14/07/2015 JULHO22/07/201530/06/2016
AGOSTO18/08/2015 AGOSTO20/08/201530/06/2016
SETEMBRO15/09/2015 SETEMBRO17/09/201530/06/2016
OUTUBRO14/10/2015 OUTUBRO15/10/201530/06/2016
NOVEMBRO17/11/2015 NOVEMBRO19/11/201530/06/2016
DEZEMBRO15/12/2015 DEZEMBRO17/12/201530/06/2016
JANEIRO/FEVEREIRO12/01/2016 JANEIRO/FEVEREIRO14/01/201630/06/2016
MARÇO/ABRIL11/02/2016 MARÇO/ABRIL16/02/201630/06/2016
MAIO/JUNHO15/03/2016 MAIO/JUNHO17/03/201630/06/2016

Dilma lança programa para proteger empregos e evitar demissões




A presidenta criou, por meio de medida provisória (MP), o Programa de Proteção ao Emprego, com a intenção de evitar demissões dos trabalhadores por empresas em dificuldades financeiras; a medida foi fruto de negociação das centrais sindicais, indústria e o governo federal e passa a valer a partir desta terça-feira (7)

Nesta segunda-feira (6), a presidenta Dilma Rousseff criou, por meio de medida provisória (MP), o Programa de Proteção ao Emprego, com a intenção de evitar demissões dos trabalhadores por empresas em dificuldades financeiras. A medida vai permitir a diminuição de até 30% na jornada de trabalho, com redução proporcional de salários dos trabalhadores, por no máximo um ano.
A iniciativa, que tem por objetivo preservar o emprego no país, terá vigência até dezembro de 2016. Ela foi fruto de negociação das centrais sindicais, indústria e o governo federal e passa a valer a partir desta terça-feira (7). A proposta do Planalto é de complementar metade da redução da renda do trabalhador com recursos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador).

De acordo com o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto, é mais vantajoso para o governo investir no programa do que arcar com os gastos com seguro-desemprego. “É mais inteligente usarmos recursos públicos para mantermos emprego do que financiarmos o desemprego”, afirmou.

“Eduardo Cunha é um bandido político”, diz Leonardo Boff


É uma pessoa extremamente ambiciosa, manipuladora, inescrupulosa, sem qualquer sentido ético e um fundamentalista religioso conservador e de direita”, afirmou o teólogo; segundo Boff, o deputado do PMDB não respeita as leis, atropela as normas do Congresso e age com a intenção de implantar o parlamentarismo no país, para que possa exercer a função de primeiro-ministro



A ofensiva conservadora atualmente em curso no Brasil faz parte de um processo mundial de rearticulação da direita e representa um perigo real para a democracia e os direitos. No caso brasileiro, essa rearticulação conservadora também é uma reação das classes dominantes que não se conformam com a centralidade que a agenda social adquiriu nos últimos anos e com a ascensão social de cerca de 40 milhões de pessoas. Um dos principais expoentes dessa ofensiva, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) é um bandido político que não respeita a Constituição e tem como objetivo, no final de seu mandato, propor a instauração do parlamentarismo e virar primeiro-ministro. A avaliação é do teólogo e escritor Leonardo Boff, que esteve em Porto Alegre neste sábado, para ministrar uma aula pública sobre direitos humanos.

Intitulada “Expressões sobre Direitos Humanos: Mais Amor, Mais Democracia”, a aula pública reuniu centenas de pessoas no Parque da Redenção, na tarde fria de sábado. Após a aula, Leonardo Boff conversou com o Sul21, no Hotel Everest, sobre a atual conjuntura política do país e defendeu que, diante da ofensiva conservadora no curso, é preciso travar, em primeiro lugar, uma batalha ideológica sobre que tipo de Brasil queremos: “um Brasil como um agregado subalterno de um projeto imperial, ou um Brasil que tem condições de ter um projeto nacional sustentável próprio. Temos um grande embate a travar em torno dessa ideia. Acho que esse será também o tema central das próximas eleições”, diz Boff.

CARREATA DE ABERTURA DA FESTA DA PADROEIRA 2015


Parabéns a todos os Acopiarenses que participaram dessa Carreata, abrilhantando a Abertura da Festa da Padroeira.






domingo, 5 de julho de 2015

Pastorais Sociais do Regional NE 1 promove Formação Estadual em Preparação ao 21º Grito dos(as) Excluídos(as)











Pastorais Sociais da Diocese de Iguatu Realiza Retiro Diocesano


Descer da Cruz os Crucificados,dar passos de ressurreição

Não há maior amor do que doar a vida pelos os amigos.
João,15-13







CPT da Diocese de Iguatu Acompanha Quintais Produtivos e Hortas no Município de Acopiara

                                              COMUNIDADE BOM PRINCIPIO




COMUNIDADE FÔLEGO





Igreja Católica não deveria ter "líderes vitalícios", diz papa


A Igreja Católica não deveria ter ?líderes vitalícios? em suas fileiras, senão corre o risco de ser como um país sob ditadura, disse o papa Francisco nesta sexta-feira (3).
Francisco, de 78 anos, já declarou anteriormente que estaria pronto para renunciar ao invés de ficar até o fim da vida se sentisse que não pode continuar liderando a igreja de 1,2 bilhão de fiéis por razões de saúde ou outras.
"Sejamos claros. O único que não pode ser substituído na igreja é o Espírito Santo", afirmou o pontífice argentino em um discurso a cerca de 30 mil pessoas durante um evento ecumênico na Praça São Pedro.
"Deveria haver um limite de tempo para os cargos (na igreja), que na verdade são cargos de serviço", disse ele durante sua fala, em parte preparada e em parte improvisada.
Deixando claro que seus comentários não se restringem ao clero, Francisco acrescentou: "É conveniente que todos (os cargos) na igreja tenham um limite de tempo. Não há líderes vitalícios na igreja. Isto ocorre em alguns países onde existe uma ditadura".
Em fevereiro de 2013, o antecessor de Francisco, o papa Bento 16, se tornou o primeiro pontífice a renunciar em 600 anos.
Em uma entrevista à televisão mexicana em março passado, Francisco disse que o que Bento, agora conhecido como papa emérito, fez "não deveria ser considerado uma exceção, mas uma instituição".
Mas, na mesma entrevista, ele afirmou não gostar da ideia de uma idade de aposentadoria automática para os papas, por exemplo aos 80 anos.