segunda-feira, 13 de abril de 2015

"Queremos construir um socialismo revitalizado, onde desapareça a diferença de gênero"





A camponesa chilena Francisca Rodrigues fala sobre o papel da mulher latino americana num processo de transformação radical da sociedade.

Há muitos anos atrás, a camponesa chilena Francisca Rodrigues produzia flores em sua cidade natal. Com o processo de luta de seu povo, passou a “produzir organizações”, como bem descreve.

Militante da Associação Nacional de Mulheres Rurais e Indígenas (Anamuri), Francisca Rodrigues fez parte da luta que ficou conhecida como “Campanha Continental 500 Anos de Resistência Indígena, Negra e Popular”, entre os anos de 1989-1992, com a finalidade de fazer frente às comemorações que pretendiam celebrar os cinco séculos da chegada dos europeus no continente latino americano.

O resultado destas lutas não apenas permitiu abrir uma trincheira de resistência, mas acabou sendo um laboratório que culminou na criação da Coordenação Latinoamericana Organizações do Campo (Cloc), em 1994, e posteriormente da Via Campesina, organizações que congregam diversos movimentos sociais do campo de todo o mundo.
 Presente no 6° Congresso Continental da Cloc, que acontece na cidade de Buenos Aires, na Argentina, entre os dias 10 a 17/04, Francisca Rodrigues diz que possivelmente este não será seu último congresso, pois pretende estar presente no próximo, “mas creio que neste congresso magnífico será minha despedida de 100% ativista”.

“Seguirei sendo uma ativista dentro do meu território, entregando lá o que me entreguei à América Latina”.

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