segunda-feira, 4 de maio de 2015

Igreja e sociedade civil debatem tráfico humano


O Grupo de Trabalho do Tráfico Humano (GT) do Setor de Mobilidade Humana da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) realiza o 3º Seminário sobre Enfrentamento de Tráfico Humano. Será de 05 a 07 de maio de 2015, no Centro Cultural de Brasília (CCB).


O crime de tráfico de seres humanos, considerado a "escravidão dos tempos modernos”, afeta 2,5 milhões de pessoas, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU) e movimenta US$ 32 milhões por ano. Segundo as Nações Unidas, 80% das vítimas são exploradas como escravas sexuais. O tráfico também está relacionado à doação involuntária de órgãos, casamentos forçados, servidão doméstica, mendicância forçada, trabalho escravo, exploração sexual e imigração irregular.
Como resultado da preocupação direta do Papa Francisco com o tema, ocorreu, no Vaticano, de 17 a 21 de abril últimos, a Plenária da Pontifícia Academia das Ciências Sociais. O encontro reuniu especialistas que debateram "Tráfico de seres humanos: questões por trás da criminalização”.
Durante a Plenária, o tráfico humano foi analisado em conferências e debates com a participação de membros da ONU, da Organização Internacional do Trabalho (OIT), da União Europeia (UE), de advogados, pesquisadores e voluntários.
No Brasil, nos dias 16 e 17 de abril, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) realizou o IV Simpósio Internacional para o Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, em Fortaleza, Estado do Ceará, para discutir o combate a quadrilhas desses grupos criminosos. A Polícia Federal abriu, de janeiro de 2010 a março deste ano, 374 inquéritos para investigar o tráfico doméstico e internacional de pessoas para fins de exploração sexual.
Em fevereiro deste ano, a Câmara dos Deputados aprovou matéria que torna o tráfico de pessoas, em suas várias modalidades, como crime hediondo, projeto que agora depende da aprovação do Senado Federal.

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