Estudo mostra que falta de investimento é
duas vezes maior em áreas rurais
Um
novo relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) mostra que 56%
das pessoas que vivem em zonas rurais não têm acesso a serviços essenciais de
saúde em todo o mundo. O relatório, que abrange 174 países, revela grandes
disparidades de acesso, sobretudo nos países em desenvolvimento.
Segundo
a OIT, é na África que se encontra o maior número de pessoas sem saúde básica:
83%. Os países mais afetados são também os que têm maior índice de pobreza. As
maiores disparidades entre as áreas rurais e urbanas, contudo, são observadas
na Ásia. Na Indonésia, a porcentagem de pessoas não cobertas é duas vezes mais
elevada no campo do que nas cidades.
"Décadas
de falta de investimento na área interromperam os esforços para desenvolver
sistemas nacionais de saúde, o que resultou no abandono da saúde nas zonas
rurais. Isso tem um custo humano enorme. A saúde é um direito humano e deveria
ser garantida a todos os habitantes de um país", declarou a diretora do
Departamento de Proteção Social da OIT, Isabel Ortiz.
O
estudo constata, ainda, que o acesso à atenção médica não se aplica às zonas
rurais, quando existe legislação de saúde universal no país. Atualmente, metade
da população mundial vive em zonas rurais, mas apenas 23% da força de trabalho
sanitária do mundo se destina a elas.
A
insuficiência de recursos está extremamente vinculada à falta de acesso aos
serviços, diz o relatório. A falta de recursos econômicos é quase duas vezes
mais alta nas zonas rurais do que nas urbanas.
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