terça-feira, 5 de maio de 2015

56% dos habitantes de zonas rurais não têm acesso à saúde básica


Estudo mostra que falta de investimento é duas vezes maior em áreas rurais

Um novo relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) mostra que 56% das pessoas que vivem em zonas rurais não têm acesso a serviços essenciais de saúde em todo o mundo. O relatório, que abrange 174 países, revela grandes disparidades de acesso, sobretudo nos países em desenvolvimento.
Segundo a OIT, é na África que se encontra o maior número de pessoas sem saúde básica: 83%. Os países mais afetados são também os que têm maior índice de pobreza. As maiores disparidades entre as áreas rurais e urbanas, contudo, são observadas na Ásia. Na Indonésia, a porcentagem de pessoas não cobertas é duas vezes mais elevada no campo do que nas cidades.
"Décadas de falta de investimento na área interromperam os esforços para desenvolver sistemas nacionais de saúde, o que resultou no abandono da saúde nas zonas rurais. Isso tem um custo humano enorme. A saúde é um direito humano e deveria ser garantida a todos os habitantes de um país", declarou a diretora do Departamento de Proteção Social da OIT, Isabel Ortiz.
O estudo constata, ainda, que o acesso à atenção médica não se aplica às zonas rurais, quando existe legislação de saúde universal no país. Atualmente, metade da população mundial vive em zonas rurais, mas apenas 23% da força de trabalho sanitária do mundo se destina a elas.

A insuficiência de recursos está extremamente vinculada à falta de acesso aos serviços, diz o relatório. A falta de recursos econômicos é quase duas vezes mais alta nas zonas rurais do que nas urbanas.

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