Secas e estiagens ainda são um dos grandes
problemas para os habitantes do Ceará, estado em que no ano passado 95% dos
seus municípios (175 de um total de 184) decretaram Situação de Emergência ou
Estado de Calamidade Pública.
Esse é um dos indicadores do relatório
Conjuntura dos Recursos Hídricos no Brasil 2013, elaborado pela Agência
Nacional das Águas (ANA) e que faz um balanço da gestão das águas no Brasil.
Elaborado a cada quatro anos com base em dados de instituições envolvidas com o
gerenciamento e as problemáticas oriundas dos recursos hídricos, desta vez o
relatório traz um balanço quali-quantitativo, o qual aponta não apenas a
escassez, mas a situação de “criticidade quantitativa” das águas do Ceará.
No item eventos críticos, o estudo indica que
o Ceará (ao contrário do que ocorre em outros estados) praticamente não
registra excessos de água em regiões geográficas ou em determinados períodos do
ano.Assim, enchentes, alagamentos, enxurradas e inundações atingiram, em 2012,
somente um município.
Quanto ao desmatamento, o relatório comprova
uma redução de 40,24% da vegetação nativa, a caatinga, até no ano de 2009. Já
as unidades de conservação (parques, áreas de proteção ambiental) representam
7% em relação à área do bioma no estado, a caatinga.Enquanto isso,
oficialmente, as terras indígenas representam 0,4% em relação à área do estado.
Saneamento, é considerado uma das
vulnerabilidades. A população não atendida por redes de esgoto em 2008
representava 42%, enquanto no Brasil esse percentual ficava em 38%. Ceará e
Brasil se equivalem no item disposição final inadequada de resíduos sólidos:
33%.
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