segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Igreja como Missão



Dom Alfredo Schaffler
Segunda, 09  Fevereiro 2015 CNBB


Quando Jesus escolheu no meio dos discípulos que seguiram a ele porque se sentiram atraídos por ele, Os apóstolos, ele teve uma intenção especial. Ele não escolheu os mais perfeitos e mais preparados, sabemos que um foi um ladrão, outros brigaram e tiveram um comportamento rude, quem sabe, de paciência curta.Sem dúvida nenhuma , não foi a turma mais perfeita que andavam com ele, que comia com ele e aos quais explicava em particular os seus ensinamentos. Mas foi com estes doze que ele escolheu depois de uma noite de oração e que o Novo Testamento relata todos os nomes deles, iniciou a missão. A estes doze confiou não somente as suas palavras, mas o seu testemunho como testamento. “eu não vim para ser servido, mas para servir” Eu vim para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou” O grande ensinamento foi a lição de vida dele quando na quinta feira santa, lavou os pés dos discípulos. Mudou um conceito de comportamento e relacionamento humano, por completo. Pois era um serviço exclusivamente reservado aos escravos, as pessoas que foram tratados como objetos que se podia vender, que não tinha vez e voz. Assim o seu ensinamento com os gestos era mais forte do que as palavras. Nem sempre todos compreenderam ou aceitaram. O próprio Pedro foi o primeiro que caiu fora, que fez a oposição quando falou: você não vai me lavar os meus pés. Mas Jesus soube convencer a tal ponto que Pedro com o entusiasmo dele queria depois que fosse lavado pelo mestre no seu corpo todo. E como Igreja, nos dias de hoje, qual é a lição podemos tirar? Mais do que nunca fica atual o ensinamento de Jesus Cristo quando quer uma Igreja servidora. Ou como o Papa Francisco nos fala:

“Prefiro uma Igreja acidentada, ferida e enlameada por ter saída pelas estradas, a uma Igreja enferma pelo fechamento e a comodidade de se agarrar as próprias seguranças. Se alguma coisa nos deve santamente inquietar e preocupar a nossa consciência é que haja tantos irmãos nossos que vivem sem força , a luz e a consolação da amizade com Jesus Cristo, sem uma comunidade de fé que os acolha, sem um horizonte de sentido e de vida.” Por isso como Igreja teremos credibilidade quando temos transparência e coerência com o nosso agir e nosso ser. Hoje na nossa Igreja nesta Diocese de Parnaíba, não temos mais taxas por ocasião do batismo ou do matrimônio e da celebração da crisma. Alguém que procura subterfúgios para cobrar indevidamente nestas celebrações,  está ferindo gravemente não somente a comunhão da Igreja, mas ferindo a credibilidade da Igreja. Falamos de fraternidade como grande ensinamento de Jesus Cristo e tratamos as pessoas diferentes conforme o dinheiro que coloquem nas mãos de um padre que é mercenário. Como Judas traiu, assim tb. está acontecendo a traição nos dias de hoje, se depois de tantos anos de motivação e orientação em relação da auto sustentação, está se cobrando taxas para celebrar o sacramento do batismo fora da hora estabelecida. Todos somos corresponsável pela nossa Igreja para que tenhamos cada vez mais credibilidade. Mas a credibilidade não vem pelo dinheiro, mas pelo serviço e pela transparência e coerência com o anúncio da Palavra de Jesus Cristo.


Firme na fé e fiquem com Deus

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